Débora Pacheco Quida, advogada, cacerense, mato-grossense e deficiente oculta, atualmente estudante de medicina no último ano.
Após lutar por dois anos como deficiente oculta acreditava que escondendo sua limitação e a sua deficiência oculta estaria protegida contra preconceitos, constrangimentos, olhares e até questionamentos de outras pessoas. Viu através do cordão de girassol que a sua insegurança e o próprio preconceito contra si mesma poderiam ser vencidos. A compreensão de que o cordão de girassol trazia para si uma integração social através de uma medida inclusiva e não constrangedora fez com que se empenhasse nas lutas das deficiências ocultas e lutasse para a aprovação de leis municipais, estaduais e federais.
O lema de que o mundo possa mostrar que uma pessoa com deficiência oculta existe e está ali para ser acolhida, compreendida e amparada despertou a participação em pautas políticas em prol das deficiências ocultas. Com apoio de vereadores do município de Cáceres e Deputados Estaduais do Estado do Mato Grosso a pauta foi ganhando notoriedade e crescendo. O texto com a participação da advogada serviu de inspiração para outros Estados e Municípios que por meio de grupos de WhatsApp e outras redes sociais foram se unindo e ganhando forças.
Hoje está integrada com a ANFIBRO, a comunidade de Doenças Raras do Mato Grosso, com a comunidade de girassóis de Cáceres e aconselha diversos grupos de familiares de autistas e comunidades de pessoas com deficiência oculta de todo o Brasil.
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O cordão de girassol embora seja um símbolo e uma identificação, ele veio trazer uma segurança para quem possui uma deficiência oculta. Em viagens, em lugares de aglomeração de pessoas, em setores privados ou públicos esse reconhecimento passará a fazer parte do cotidiano. Os nossos tempos estão mudando, estamos em uma transformação humana e a sociedade global como um todo estará passando por este processo.