Saber do projeto HDSunflower me emocionou muito porque me remeteu à época em que meu filho autista, quando criança com muita necessidade de suporte, sofria preconceito. Lugares públicos, como aeroportos e parques de diversão, eram ambientes que geravam crises sensoriais e os consequentes olhares de julgamento.
Eu, a mãe que via e sentia tudo, ficava arrasada com a falta de empatia de quem não fazia ideia do autismo, uma deficiência não visível. Meu filho era uma criança linda, cachinhos dourados, covinhas na face, olhos grandes e cheios de luz; ninguém podia imaginar que tivesse uma deficiência.
Eu me pegava me desculpando pelo comportamento dele quando invadia o espaço de outras pessoas, ou fazia alguma coisa muito fora do comum.
Quem dera houvesse um cordão de girassol para despertar empatia nesses momentos tão difíceis que, hoje, duas décadas depois, são passado para nossa família, mas o dia a dia de milhões de pessoas no mundo.
O projeto Sunflower é o auxílio que muitas famílias onde vivem crianças, adolescentes e adultos com deficiências invisíveis podem se sentir parte do ambiente sem a sensação ruim de serem mal interpretados pela sociedade.
Nada me deixa mais feliz do que ser parte desse projeto de empatia e inclusão da pessoa com deficiência oculta. Mais empatia é o que a sociedade precisa, para acolher a pessoa sem uma deficiência óbvia, e compreender que deficiência não é opção, mas, um olhar inclusivo, sim.